Lars von Trier e os seus prólogos
Antichrist chegou em 2009 pelas mãos do realizador dinamarquês para imediatamente causar controvérsia. Inicia o seu filme com um prólogo, uma sequência em slow motion e a preto-e-branco. Um casal a fazer sexo e uma criança a caminhar para a morte, duas situações distintas a acontecer em simultâneo. A carga da cena é de uma extrema agonia para o espectador, mas por outro lado consegue ser uma das sequências mais belas da história do cinema. Observamos todas as expressões das três personagens envolvidas e os seus passos lentos e demorados. Somos arrastados numa corrente de dor que devido ao seu ritmo lento parece não acabar, nunca deixando de captar a atenção do espectador. Brilhante o momento em que observamos a criança a cair da janela no preciso momento em que a sua mãe está prestes a atingir o orgasmo. No decorrer do filme percebe-se o quanto esta personagem associa o sexo à morte do seu próprio filho. Não deixa de ser interessante ao pensarmos que aquela criança nasceu a par...