O alemão Sebastian Mez tinha em mãos uma tarefa difícil, filmar uma ameaça invisível. O seu filme de final de curso pega num tema pouco divulgado pelos meios de comunicação social, fornecendo ao espectador o contexto histórico e visual das áreas em questão. Ficando apenas atrás de Chernobyl e Fukushima, Mayak é conhecido como o complexo industrial que se tornou palco de um dos maiores desastres nucleares que pintam a história da humanidade. Em 1957, quase 100 toneladas de desperdícios tóxicos são libertados, contaminando grande parte das áreas circundantes. Apesar das inúmeras mortes e sequelas a longo prazo, o governo soviético ocultou o incidente durante 30 anos, contribuindo para o conhecimento empobrecido do público em geral. Actualmente, o realizador tem de se conformar a filmar o megalómano incidente de forma mais contida, focando-se no visível, os efeitos que ainda permanecem. Nem mesmo a central nuclear tem direito a um plano mais aproximado, visto que a autor...