Melancholia e a colisão do falso sorriso
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZp-U-LgFTg3eMgCEHKanymeCEDp3_Hmcqo4UjjX_1SUBJOujVk2LJnk57EZhbCBABVueTPSs4mtskImi0Coa57AVO8fJxA6q1SHnLKeFgMfcWaIfW4kcVk8hVLtk2QSSx-bb-Wn64Jog/s400/Captura+de+Ecr%25C3%25A3+%25287642%2529.png)
Justine entra em cena de sorriso no rosto. Radiante, imaculada, perfeita na senda do padronizado. Mulher. Filha. Irmã. Funcionária. Recém-casada. O sorriso é alicerce aos papéis a desempenhar. É rótulo e certificado de felicidade aos olhos daqueles que a rodeiam. Assim lho exigem, qual animal de circo que tem de lhes reconhecer a presença. “My dear girl, you look…glowing today. Never seen you look so happy.” , afirma o pai a determinada altura. A sua felicidade é validada como expoente máximo por todos excepto pela própria. Carrega às costas o peso de idealizações terceiras, de rituais, tradições que lhe ditam um limiar a transpor no propósito de ser feliz. John: You’d better be goddamn happy. Justine: Yes, I should be. I really should be. É no esbater gradual do sorriso que temos a maior pincelada na caracterização da personagem, por directo contraste ao até então apresentado. Sinal de aviso, novo capítulo num historial clínico que a demarca inútil no seio de uma s