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TCN Blog Awards 2013 - Votações a chegar ao fim

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Estão a decorrer até dia 7 de Dezembro as votações para eleger os vencedores dos TCN Blog Awards 2013. Basta dirigirem-se ao espaço Cinema Notebook , onde podem encontrar na barra lateral direita todos os nomeados que preenchem as 14 categorias.  O Memento mori encontra-se nomeado nas categorias de Novo Blogue e Crítica Cinema , sendo esta última pelo filme The Last Laugh , uma obra-prima absoluta de F.W.Murnau. 

Plano-sequência (#8): L'inconnu du lac (2013)

Em seguimento dos prodígios cinematográficos abordados no mês de Outubro e em jeito inaugural para esta segunda vaga encontra-se uma das obras de Alain Guiraudie. O filme-sensação do festival de Cannes viria a arrecadar o galardão de melhor realizador. Mas como esta rubrica não espelha considerações de um filme na sua íntegra, passo a destacar um dos planos-sequência deste drama francês. O plano em questão não se afirma como um colosso no que diz respeito à técnica. Ao invés, merece este destaque pela subtileza ao retratar um momento-chave da narrativa.  20:49 - 24:39 O olhar da câmara assume a visão do próprio protagonista, ambos com uma postura quase voyeurista. Franck (Pierre de Ladonchamps) testemunha uma mudança gradual na atitude dos dois seres que nadam no lago. No espaço de poucos segundos, a aura de brincadeira ganha contornos de sobrevivência aquando dos primeiros sinais de perigo. O enquadramento fixo mantém-se adormecido como um simples espectador. O olhar da câmar

À boleia pelo caminho largo

A convite do Jorge e Pedro Teixeira, decidi meter mãos à obra e responder a algumas perguntas de índole cinematográfica. É sempre um prazer poder partilhar pensamentos com os elementos desta blogosfera. Afinal de contas, a sétima arte é o nosso elo de ligação e nunca é demais discutir os seus contornos.  Para lerem a entrevista na íntegra nada melhor do que passarem pelo  Caminho Largo  para deitarem o olho. Obrigado pelo convite. Continua a ser um prazer.  Como evidencias em geral a qualidade de um filme?   No geral, o argumento é o selo de apresentação do filme. É o aspecto que me leva ou não a aconselhar determinado visionamento. No decorrer da minha primeira viagem a uma obra, tento absorver a total essência do argumento. Os visionamentos seguintes complementam o meu olhar perante esse mesmo filme. Posso agora deliciar-me com as questões técnicas e as opções estéticas tomadas. Posso procurar as características que espelham o autor por detrás, tentando inserir essa obra no

Words, Words, Words... (act. 24/11)

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[Spoilers] No seguimento da curta-metragem anteriormente publicada, reciclo esta pequena pérola de animação. Tal como a anterior, esta lida igualmente com a comunicação e todas as suas vertentes.  Tantas vidas entrelaçadas neste estabelecimento. Histórias e intrigas são contadas e passam de boca em boca. Amores e desilusões do mesmo. Relações que espelham cansaço. Michaela Pavlátová tem um conjunto de obras bastante interessantes e esta pérola é talvez a que se destaca mais. A animação tem o nome de Words, Words, Words (1991) , título que revela toda a essência desta curta com cerca de oito minutos. Creio que está patente na visualização de cada espectador o reconhecimento de tantas e mais algumas expressões populares que ouvimos e usamos diariamente, e nas quais de certa forma nos revemos. Nós próprios temos o conhecimento de histórias que são contadas diariamente com um ponto a ser acrescentado pelo seu percurso entre várias bocas e ouvidos. Talvez até contribuímos para esse "

O poder da linguagem

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Palavras que produzem significado entre emissor e receptor. Palavras efémeras que se extinguem no pequeno percurso que os une. A valorização do geral em detrimento dos pormenores. Palavras que se contorcem por sair mas que se acobardam e esfumam mesmo antes de serem proferidas. Palavras que adquirem ou perdem valor aquando da mudança de contexto. A pose e o movimento do corpo. O olhar. Também comunicam. Os ângulos abordados na curta-metragem fazem questão de o relembrar. O argumentista coloca no prato os contornos viciados da nossa linguagem, tentando com isso desmistificá-los. Frágeis ligações que se unem, quebram, interligam e convivem num mesmo tempo e espaço. Aquatic Life é uma curta-metragem de 2002 escrita e realizada por Yasuhiro Yoshiura. Limitem-se a gastar 9 minutos com este visionamento. Deixo aqui o pequeno anime na íntegra e com legendas em espanhol: Título Original: Mizu no Kotoba

A arte dos Posters (XLV)

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Aqui ficam alguns dos posters promocionais de um filme de 1975 que visualizei recentemente e cuja crítica social ainda se encontra em fase de digestão. Escrito e realizado pelo canadiano David Cronenberg. É conhecido como Shivers mas possui outros títulos alternativos: 

Cordão umbilical

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eXistenZ (1999), David Cronenberg Gravity (2013), Alfonso Cuarón

Better on tv than on the streets

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O título desta divagação ilustra a mais importante linha de diálogo proferida pelo protagonista de Videodrome (1983) . Até que ponto é justificável um acto dito imoral poder ter o seu destaque no ecrã? Imergir num filme do Cronenberg é como comprar um bilhete só de ida para o inferno da mente humana. Removida a camada superficial adornada de violência, o espectador descobre nos seus filmes questões fundamentais que rodeiam a essência humana. Distribui numa bandeja obras que levam o indivíduo a questionar-se a si mesmo, tentando afastar-se do conjunto para avaliar a sua posição integrante perante o mesmo. Faz ressurgir desejos reprimidos que aparentam não ter lugar numa sociedade civilizada.  "The eye is the window of the soul" Diariamente consumimos imagens, na grande maioria das vezes de forma inconsciente. Integram o nosso dia-a-dia e acabam por ser banalizadas. Gradualmente a noção de realidade esbate-se e é remetida para segundo plano. O advento do realismo tr

TCN Blog Awards 2013

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É com enorme satisfação que vejo este pequeno espaço nomeado em duas categorias, sendo estas de Novo Blogue e Crítica de Cinema . É uma honra poder estar emparelhado com muitos outros autores de boas críticas desta sétima arte que tanto idolatramos. Muito obrigado pela distinção. Boa sorte a todos.  Podem consultar as categorias na íntegra aqui . Passo a transcrever a crítica nomeada: The Last Laugh (1924) Título Original:  Der letzte Mann Realização:  F.W. Murnau Argumento:  Carl Mayer [Spoilers] Muitos teóricos e historiadores que se debruçam sobre a sétima arte afirmam que algo se perdeu com o advento do primeiro filme sonoro em 1927. A nova possibilidade de transmitir uma ideia através do recurso a diálogos sincronizados com o som traria também uma conotação negativa. Perante tal possibilidade, surgiria o facilitismo das histórias e uma certa preguiça em inovar através da imagem. Uma nova mentalidade surgia, na qual a imagem não era mais o principal meio atra

Plano-sequência (#7): Children of Men (2006)

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Com Gravity a surpreender pela positiva tanto na bilheteira como no círculo da crítica, Children of Men é um óptimo filme a rever como lembrança daquilo que Alfonso Cuarón é capaz como realizador. Não poderia reclamar melhor filme para encerrar esta primeira edição de selecção de planos-sequência. Uma rubrica que se pretende mensalmente regular, com uma semana especialmente dedicada à abordagem dos melhores exemplos na arte desta técnica que tanto admiro.  E é com uma perfeita noção de justiça que incluo os seus planos na mesma edição que se preenche com nomes como Tarkovsky, Godard, Welles, Haneke, etc. A par com o já abordado Touch of Evil , o filme de Cuarón apresenta os planos-sequências mais complexos. Não sendo possível a derradeira escolha, são assim destacados os dois planos-sequência mais ambiciosos.  26:13 - 30:21 Automóvel. Tarde. Interior. A câmara afasta-se do protagonista que se encontra a dormir no banco de trás. Distancia-se até integrar no enquadramento a mul

Plano-sequência (#6): Touch of Evil (1958)

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Celebrado como um dos maiores feitos na história da sétima arte, a abertura do filme de Orson Welles funciona como uma mini-narrativa que se desenrola no tempo real de pouco mais de três minutos. É realizada com o intuito de catapultar o filme mas também como forma de captar a total atenção do espectador, aquele que possui mais informação visual que todos os habitantes do mundo diegético. Funciona como uma confidência para com o espectador, que se limita a aguardar um acontecimento iminente.  Inicia-se com um enquadramento aproximado, destacando o objecto que se assume como o cerne da acção. A bomba é programada e esse mesmo relógio delimita a duração do plano-sequência. A partir daquele instante, o automóvel que alberga a bomba é o motivo que grita pelo movimento da câmara.  É usada uma grua ( crane shot ) para poder cobrir toda a acção, sendo assim possível fechar e/ou alargar o enquadramento. A câmara antecipa o percurso do veículo e eleva-se para dar lugar a um ângulo picado,

Plano-sequência (#5): Boogie Nights (1997)

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Não é o único plano-sequência a ter em atenção na 2 ª longa-metragem da carreira de Paul Thomas Anderson mas é sem dúvida o mais engenhoso. Ao som de Best of My Love , o plano começa por enquadrar as letras em néon que ilustram o título do filme. Dessa forma conseguia assim garantir que o estúdio não pudesse tomar a liberdade de mudar o título que ele havia escolhido em primeiro lugar. A câmara sobe e muda de ângulo por instantes, enquadrando o nome da cidade em questão. Inverte o movimento e estabelece-se agora uma visão geral do espaço. O uso da steadicam confere uma fluidez que consome a atenção do espectador.  O automóvel a seguir já se encontra em campo e a câmara limita-se a acompanhá-lo. Tudo se encontra perfeitamente orquestrado, com as entradas e saídas dos figurantes coreografadas para preencher o quadro em movimento. Todas as peças se encontram no seu devido lugar, aumentando ainda mais a sensação de mestria do plano-sequência. Quando o veículo estaciona, dá-se a introduç

Plano-sequência (#4): Le Révélateur (1968)

Philippe Garrel larga nas mãos do espectador um filme de cariz experimental, cuja total compreensão parece de alguma forma inatingível. Um filme mudo que apela à sua audiência com imagens marcantes, incluindo nas mesmas símbolos universais.  São muitos os planos-sequência que poderiam ganhar destaque de forma a ilustrar o filme. Aquele que aqui se protagoniza arranca com um ritmo acelerado com a câmara já em movimento. Observa-se uma vedação de arame farpado no primeiro plano do enquadramento, a qual se mantém presente na totalidade do plano. Um homem e uma mulher levantam do chão uma criança chorosa. As mãos enlaçadas e a criança no colo transmitem os valores familiares e a necessidade de protecção que acorre daquele momento. Inicia-se a corrida, com os olhares sempre lembrados a cobrir a retaguarda do espaço que gradualmente abandonam. Está criado o palco onde as personagens podem trabalhar o tempo e o espaço. É visível a associação com um campo de guerra. Uma banda-sonora germina

Plano-sequência (#3): Nostalghia (1983)

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Alguns minutos antes dos planos finais, Tarkovsky entrega nesta sua sexta longa-metragem um dos mais belos planos-sequência da história da Sétima arte. A acção desenrola-se de forma subtil, apoiada num cenário natural. O escritor protagonista tem apenas um objectivo: percorrer a totalidade da piscina drenada sem perder a chama da vela durante o percurso. Inicia o acto pela margem direita do enquadramento, à qual retorna sempre que a chama se extingue e necessita de recomeçar. Durante o acto a chama extingue-se por duas vezes, sendo igualmente duas as vezes que o escritor efectua o percurso inverso da esquerda para a direita. A câmara limita-se a acompanhar o corpo que enquadra, recorrendo a um travelling lateral para cobrir todos os seus passos. Mas deixa igualmente uma distância razoável relativamente ao sujeito filmado, entregando assim o tempo e espaço necessários à sua performance . Descabido rotular tal desempenho como uma performance ? Afinal de contas, o espectador funciona com

Plano-sequência (#2): Week end (1967)

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É inegável a presença de vários simbolismos no decorrer dos filmes de Jean-Luc Godard, passíveis de serem descodificados ao longo de várias visualizações. Pequenos pormenores que podem ilustrar a postura política do realizador ou a sua visão perante um sociedade apodrecida.  No plano-sequência em questão, pequenas pistas para a sua crítica social são dispostas pelo espaço a ser enquadrado. O plano inicia-se com a câmara em pleno movimento, ao criar espaço para que o automóvel protagonista possa preencher o campo. O enquadramento revela um automóvel azul, seguido por um branco, que por sua vez precede um vermelho. Alinhados por essa ordem, constroem desse modo a bandeira francesa. O poder legislativo apoia-se na cor azul, sendo que o primeiro veículo o representa. Observam-se várias malas de viagem no tejadilho do mesmo. Prenúncio para a queda das leis, deixando assim o ser humano à margem das regras e condutas que o comandam. Segue-se a cor branca, que ilustra o poder executivo. E e

Plano-sequência: Code Inconnu (2000)

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Após um prólogo cujos códigos se apresentam como inacessíveis para uma mão cheia de indivíduos, o filme do austríaco Michael Haneke catapulta-se a si próprio com um brilhante plano-sequência. Aliás, dá-se no filme em questão uma hegemonia dos planos-sequência, notando-se um claro menosprezar da montagem como meio de produzir um significado maior. As questões que Haneke pretende abordar respiram na íntegra através da sua realização.  O plano-sequência a abordar introduz as várias problemáticas que recebem a atenção do ponto de vista do realizador. Dez minutos que se fazem passar com o auxílio de um travelling lateral , que acompanha o percurso de determinadas personagens numa avenida parisiense. Inicia-se com o deslocamento de uma personagem que se introduz no mundo do enquadramento pela margem esquerda. A câmara já se encontra à sua espera e imediatamente se iguala no trajecto, caminhando para a direita do enquadramento progressivo. Uma segunda personagem, desta feita masculina, jun

A morte como espectáculo (II)

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Chicago (2002), Rob Marshall

Um raccord com milhões de anos

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Stanley Kubrick foi e continua a ser um dos maiores génios da história da sétima arte. Nunca é demais relembrá-lo e neste dia em específico faria 85 anos se ainda fosse vivo. 

Junho em Filmes

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Antes de mais peço imensa desculpa pela ausência de regularidade neste meu espaço. Ao fazer esta curta visita, é que me apercebo do tempo que passou desde a minha última publicação minimamente decente. Não posso dizer que seja por falta de inspiração, pois tenho visualizado filmes bastante interessantes (Before Midnight; Upstream Color; Grey Gardens - 1975) , acerca dos quais tenho bastantes comentários a tecer que desesperadamente querem sair. Também me aventurei finalmente a ver alguns clássicos que tinha miseravelmente em falta (The Fly; Taxi Driver; Alien; Blade Runner) , e sob os quais ainda pretendo tecer uma ou outra opinião. Mas com o devido tempo que estes merecem, pois escrever por escrever é algo que não consta no meu repertório. E é precisamente o factor "tempo" que me tem impossibilitado de impor alguma regularidade neste blogue. O meu pior semestre até agora, aquele que me trouxe mais desmotivação, está prestes a acabar mas não sem antes trazer consigo uma catr

A arte dos Posters (XLIV)

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Finalmente colmatei duas das minhas incompreensíveis falhas ao visualizar duas obras tão importantes da sétima arte. Ridley Scott, tens o meu respeito.  Alien (1979) Blade Runner (1982)

Porque os trailers também merecem (XII)

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Por vezes podem revelar demasiado e estragar qualquer surpresa que pudesse advir da visualização do filme. Podem ser manipulados de forma a dar entender outro propósito sobre a obra. Podem chamar um espectador ou de certa forma repeli-lo. Mas é inegável que um trailer é um pedaço de montagem importante na consciencialização da população para um determinado filme.  2013 apresenta-nos um documentário que promete criar um choque na mentalidade da população, um pouco na linha de pensamento de The Cove (2009) , outro documentário que merece todos os meus aplausos pela sua genuinidade. Com o cunho de Gabriela Cowperthwaite, Blackfish  já me conseguiu cativar e perturbar só por estes dois minutos (com uma banda-sonora a puxar para o lado mais dramático, é certo).

Paragens em estações vizinhas

Dois dias atribulados nesta comunidade da qual faço parte integrante há menos de um ano. É sempre um prazer ser convidado a contribuir de uma forma ou outra para o preenchimento de um blogue vizinho, ainda para mais quando se tratam de espaços que tanto admiro e acompanho regularmente.  A Janela Encantada : Volto a agradecer ao José Carlos Maltez pelo convite a participar na iniciativa O Meu Ciclo . Um ciclo que contempla vários ciclos que respiram liberdade de expressão, notando-se dessa forma o carácter pessoal dos respectivos autores. A minha escolha de aprofundamento deteve-se no cinema de Tsai Ming-liang e pode ser vista aqui .  Girl on Film : Um filme, uma mulher, outra iniciativa bastante interessante que visa destacar e glorificar o papel da mulher na Sétima Arte. Tem acima de tudo revelado que as mulheres têm um papel cada vez mais preponderante e livre de preconceitos no grande ecrã. Digamos que fiz um pouco de batota e elegi não uma mas sim duas mulheres, como podem

Maio em Filmes

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Maio não foi muito preenchido no que toca à Sétima Arte mas do mesmo resultou três grandes surpresas. Mary and Max tornou-se aos meus olhos numa pérola da animação, com um argumento bastante envolvente. Cannibal Holocaust apelou a todos os meus sentidos e fez-me divagar ainda mais pela hipocrisia do ser humano. Quanto ao referido filme, podem ler a minha opinião aqui . Mas foi no último dia do mês, quando pensava já não poder acrescentar nada de grande valor a esta lista, que vi o documentário que me fascinou por completo. Refiro-me portanto a Fahrenheit 9/11  e sobre o mesmo conjuguei estas palavras . Filme do mês : Fahrenheit 9/11 (2004), de Michael Moore - 10 Outros filmes visualizados : Mary and Max (2009), de Adam Elliot - 9/10 Bowling for Columbine (2002), de Michael Moore - 8/10 Waltz with Bashir (2008), de Ari Folman - 8/10 The Texas Chainsaw Massacre (1974), de Tobe Hooper - 7/10 The Hills Have Eyes (1977), de Wes Craven - 7/10 Horton Hears a Who (2008), de Jimmy

Crítica: Fahrenheit 9/11 (2004)

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Argumento: Michael Moore Realização: Michael Moore [Spoilers] A 11 de Setembro de 2001, um acontecimento monumental nos Estados Unidos da América mudou o Mundo. A Humanidade sofreu um abanão social e político que viria a ter as mais variadas repercussões até aos dias de hoje. A 31 de Maio de 2013, a um nível altamente pessoal, algo voltou a mudar na minha existência. Não sei precisar o quê, mas apenas posso afirmar com toda a certeza que o Michael Moore se pode eleger como o responsável. Estreado em 2004 perante um público em Cannes que o recebeu com uma salva de palmas de uma módica longevidade de vinte minutos, este documentário apenas mereceu a minha visualização neste presente dia. Muitas foram as oportunidades de o ver e muitas foram as oportunidades dispensadas. De qualquer das formas, dou graças de não o ter visto aquando da sua estreia em 2004, pois não me parece que teria sido muito receptivo a toda a sua diabólica temática com apenas 14 anos.  08h46min: primeiro

América segundo a lente de Michael Moore

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Um pequeno sketch pelas mãos dos criadores de South Park e que faz parte integrante do documentário de Michael Moore Bowling for Columbine (2002) . A evolução da América com a posse de armas como pano de fundo. 

Crítica: The Night Porter (1974)

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Título Original: Il Portiere di notte Argumento: Liliana Cavani Realização: Liliana Cavani Elenco: Dirk Bogarde; Charlotte Rampling [Spoilers] Viena. 13 anos se passaram desde os acontecimentos monumentais da 2ª Guerra Mundial. A sociedade retoma gradualmente os seus eixos padronizados, com a memória impregnada de algo que mudou para sempre a história da humanidade.  Outrora oficial SS. Actualmente porteiro de um hotel. É assim que descobrimos o protagonista, alguém que se encontra em plena procura pelo esquecimento. Encontra-se a meio de um processo do qual espera poder sair eternamente ileso de todos os crimes cometidos no passado, entre os quais se encontram várias ordens de execução. O seu novo cargo visa a disponibilidade imediata a clientes, estes que abusam do poder e da superioridade com que se investem. Outrora oficial precursor de crimes horrendos. Actualmente porteiro submisso aos caprichos de terceiros. Certo dia, o seu processo de esquecimento é interrompi

Crítica: Holocausto Canibal (1980)

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Título Original: Cannibal Holocaust Realização: Ruggero Deodato Argumento: Gianfranco Clerici Elenco: Robert Kerman; Gabriel Yorke; Francesca Ciardi; Perry Pirkanen [Spoilers] Cerca de cinco anos depois da estreia de Salò, or the 120 Days of Sodom (1975) , o terreno italiano volta a distribuir mais um filme-choque, que viria a ganhar um lugar de relevo na história da sétima arte. Várias décadas depois com uma censura muito menos restrita, ambos ainda se encontram banidos em inúmeros países por todo o mundo. Mas não é a mestria do filme de Pier Paolo Pasolini que pretendo aqui destacar.  Polémico. Chocante. Controverso. Visceral. Perverso. Crítico. Perturbador. Não é difícil atribuir tais adjectivos ao filme canibalista de Deodato. A tarefa realmente difícil passa por eleger o momento que cria maior incómodo para o espectador. Um leque de escolhas bastante alargado: uma mulher violada e arrastada pela lama como se de um suíno se tratasse; outra "simplesmente" em