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Fevereiro em Filmes

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Acabo de me aperceber que esta é precisamente a centésima publicação neste espaço. Este mês traduziu-se como um dos melhores em termos de cinema. Fui bastante selectivo nas minhas escolhas e posso afirmar que não saí defraudado da maior parte destas obras.  Fevereiro foi o mês em que me debrucei mais uma vez na obra de Tarkovskiy. Visualizei os filmes que me faltavam na sua curta obra e estudei-os minuciosamente, de forma a entrar na sua mente e a perceber a linha condutora que se insinua na sua filmografia. Por esse mesmo motivo, grande parte do mês foi dispensado em redor do mestre russo. Foi também o mês em que dei os primeiros passos no mundo de Tsai Ming-liang. Fevereiro ficou marcado pela cerimónia dos Óscares e, por esse motivo, esforcei-me por manter as visualizações em dia no que aos nomeados dizia respeito. Desta selecção destaco principalmente os documentários, que me surpreenderam pela positiva. Este 2º mês de 2013 ficou conspurcado com um dos piores filmes que algum...

A prenda de aniversário que falhou a Emmanuelle Riva

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A minha maior frustração nesta 85ª edição dos Óscares da Academia advém do prémio de Melhor Actriz. Emmanuelle Riva, que celebrou os seus 86 anos na noite da cerimónia, viu a sua representação em Amour  falhar em termos de reconhecimento pela Academia. Jennifer Lawrence acabou por sair vencedora pelo seu papel em Silver Linings Playbook , sendo esta a candidata mais fraca por entre as cinco nomeadas na categoria. Esta é claramente a minha opinião pessoal, que entra em discordância com a Academia e muitos críticos, mas Riva é a indiscutível vencedora.  Amour  teve o reconhecimento que lhe era prometido, ao sair galardoado com o prémio de melhor filme estrangeiro. Ver Michael Haneke a subir ao palco para receber a estatueta dourada foi sem dúvida um dos melhores momentos da noite.  Django Unchained terminou a noite com um Óscar em cada mão. Tanto Quentin Tarantino como Christoph Waltz foram justos vencedores.  Daniel Day-Lewis quebrou o recorde de maior n...

A arte dos Posters (XXXI)

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How to Survive a Plague (2012), David France

Divergências

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[Spoilers] Ele vive no chão, a reconhecida normalidade por entre todos nós. Ela deambula pelo tecto. Ou será o oposto? Depende do prisma através do qual espreitamos a situação. Esta pequena pérola em stop motion  data de 2012 e é escrita e realizada por Timothy Reckart.  Após tantos anos de casamento, um casal distancia-se de tal forma que nem mesmo a gravidade os consegue reunir. Cada um deles acredita estar a pisar o chão que deve ser pisado. Vivem a vida separadamente, sem trocarem uma palavra que seja e absortos na sua própria existência. Tornaram-se estranhos, saturados num casamento que acaba por se tornar uma prisão. O silêncio reina entre eles, esgotado em palavras trocadas ao longo dos anos. Quando há uma tentativa de aproximação por parte do homem, as noções que ambos tomam como indiscutíveis acabam por sair tremidas. A certa altura, o que está em causa não é mais a necessidade de estarem certos mas sim a tentativa de aprenderem a viver um com o outro perante uma ...

PES e os objectos do quotidiano

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Não, não estou a conspurcar o meu espaço dedicado ao cinema com menções ao Pro Evolution Soccer ou algo derivado do futebol. Refiro-me a um realizador que escolheu o nome de PES para se afirmar no mundo. Confesso que desconhecia por completo a sua existência. Portanto, a nomeação para os Óscares da Academia foi uma boa notícia até para mim, pois apresentou-me a estas pequenas pérolas no mundo da animação. A forma como empreende os vários objectos do dia-a-dia é de uma elevada originalidade. O seu uso do stop-motion torna-se assim bastante singular e reconhecível como a sua marca de autor. Este ano conseguiu uma nomeação pela sua curta-metragem Fresh Guacamole (2012) , tornando-se este o filme mais curto alguma vez nomeado para um Óscar. Segue-se a pequena curta na íntegra: Este é apenas um exemplo da sua original carreira. O próximo intitula-se The Deep (2010)  e consegue criar um ambiente um tanto ou quanto arrepiante numa duração tão curta. Os objectos que adquirem uma vida ...

Paperman

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Paperman (2012) , curta-metragem realizada por John Kahrs, mostra a tentativa de aproximação de um rapaz perante uma rapariga através de aviões de papel, os mesmos que ganham vontade própria. Visualmente é mais um pequeno grande trunfo para a Disney. Encontra-se nomeado para o Óscar refente a melhor curta-metragem de animação e tem as maiores possibilidades de sair vencedor. Para quem ainda não viu, aconselho sete minutos de vida dispendidos com isto: 

Óscar - Melhor Filme

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Falta menos de um mês para a tão aguardada cerimónia de entrega dos Óscares que se realiza no dia 24 de Fevereiro. Pela primeira vez consegui realizar a tarefa que coloco na lista ano após ano: visualizar todos os filmes nomeados na categoria principal dos prémios da Academia. Devo reconhecer que nesta selecção se encontram alguns filmes realmente competentes e outros que se elevam a um estado de excelência. Claro que penso sempre na possibilidade de trocar alguns destes filmes por outros que não tiveram qualquer reconhecimento mas quanto a isso pouco ou nada adianta pronunciar palavra. Resumindo e concluindo, entrego este "óscar" aos produtores de Amour . Seguem-se os nomeados na categoria principal de acordo com a minha ordem de preferência. Amour, de Michael Haneke Em primeiro lugar assumo-me como um fã acérrimo deste realizador. Já visualizei todas as suas obras e esta revelou-se como uma das maiores demonstrações da sua genialidade. O argumento pode aparentar ...

Afinal ainda me importo com os Óscares...

Afinal ainda me importo com os Óscares, pois fiquei tremendamente satisfeito ao ver o Amour ser nomeado em cinco categorias. É uma surpresa vê-lo nomeado para melhor filme, visto estar igualmente nomeado para melhor filme estrangeiro. E o Michael Haneke recebe toda a distinção existente, por isso não esperam até 24 de Fevereiro e entreguem-lhe já a estatueta. E igualmente merecida foi a nomeação para melhor argumento original. Fico contente pela nomeação da Emmanuelle Riva pela sua representação estrondosa. Bem como a nomeação da Naomi Watts pelo filme The Impossible  e da Quvenzhané Wallis por Beasts of the Southern Wild .  À primeira vista choca-me o The Master  não estar nomeado para Melhor Filme, visto o destaque que tem recebido nos vários círculos de críticos nos últimos meses. Ainda não tive oportunidade de ver o filme, por isso não me posso pronunciar sobre a qualidade do mesmo. Não compreendo a total ausência de The Dark Knight Rises  nas categorias t...