A ventoinha de Laura Palmer
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglMfsTVpA7tW4IlK0IyW8DBMIym7wkIjVedXxwfAZKO8HbESrXxnAVmCFeMw3wTSmNZ7EXi4A2pmb1qBKU_8Uv16Wye4It63FpcAnXMRyNHOJCJtfLJHNkYP2g1VmQktUR95WeCCMG1CU/s400/ceiling_fan.jpg)
Regressam os andróides de Lanthimos . O fascínio? Ainda por lá anda, longe de cessar. Cenário absurdo e de uma frieza plástica que surpreende por conseguir ainda assim despertar a mínima empatia do espectador com as personagens. Presentes encontram-se laivos do papel do homem no seio familiar, fardo pouco frequentemente usado como motivo narrativo, eximiamente desconstruído há uns anos em Force Majeure . Os quadros de The Killing of a Sacred Deer parecem querer ser o pesadelo de um qualquer agorafóbico, crescente no sufoco de uma câmara que de longe observa. Diminui-os na importância do cosmos. O olhar voyeurístico tido à distância, frio, calculado, impassível ao que se desenrola diante de si. A contrariar o seu quê de imóvel encontram-se as ventoinhas de tecto, num movimento contínuo que espreita pontualmente pela margem superior do enquadramento. Paira sobre eles algo prestes a despontar, transparecendo na dança das hélices uma certa inquietação. Não aparentando ser objecto