A mulher no grande ecrã
8 de Março. Dia Mundial da Mulher. Por essa razão e em jeito de homenagem, aqui ficam algumas das melhores interpretações femininas que ilustram a sétima arte.
Renée Jeanne Falconetti
Faleceu a 12 de Dezembro de 1946 mas deixou a sua marca fincada na história do cinema. Protagonizou e carregou às costas La Passion de Jeanne d'Arc (1928), filme mudo realizado pelo dinamarquês Carl Theodor Dreyer. Quanto ao filme propriamente dito, estamos perante uma das minhas obras predilectas. Quanto à representação de Falconetti, os seus olhos encarregam-se de contar a história. De acordo com o crítico Roger Ebert:
For Falconetti, the performance was an ordeal. Legends from the set tell of Dreyer forcing her to kneel painfully on stone and then wipe all expression from her face--so that the viewer would read suppressed or inner pain. He filmed the same shots again and again, hoping that in the editing room he could find exactly the right nuance in her facial expression.
Liv Ulmann + Bibi Andersson
Considero a primeira uma actriz de grande calibre, mas aqui decidi destacar a dupla que protagoniza Persona (1966). Ulmann entrega um silêncio cheio de palavras que revelam a sua própria alma.
Juliette Binoche
Um verdadeiro furacão no que toca a entregar-se a uma personagem. Trois Couleurs: Bleu (1993) continua a deixar-me angustiado com a sua representação.
Ellen Burstyn
Requiem for a Dream (2000), um dos grandes filmes da minha vida e o melhor da carreira de Darren Aronofsky. Um dos seus grandes trunfos é a representação de Ellen Burstyn, que oferece uma das maiores entregas a um papel alguma vez vistas. Desolador, desesperante, avassalador, um papel que exigiu tanto da sua mente e corpo. Aqui fica o seu monólogo:
Isabelle Huppert
La Pianiste (2001), um dos meus filmes preferidos do grandioso Michael Haneke. Esta cena em concreto não demonstra nem metade do que Isabelle Huppert consegue alcançar com o seu papel.
Nicole Kidman
Uma das maiores actrizes da actualidade que merece o seu devido destaque. Muitos são os filmes que eu poderia salientar, mas a sua Virginia Woolf é algo de soberbo. Segue-se um excerto de The Hours (2002):
Cate Blanchett
Uma verdadeira camaleoa que salta de personagem em personagem com uma mestria impressionante. No filme The Aviator (2004) assume um papel secundário mas consegue roubar cada cena.
São tantas que me assaltam a memória que podia continuar aqui eternamente a destacar as grandes representações que ilustram o sexo feminino. Estas são apenas algumas que, na minha modesta opinião, são merecedoras de todos os elogios e mais alguns.
Deixo igualmente a sugestão de visita da futura iniciativa no blogue Girl On Film no decorrer do próximo mês, no qual se irá realizar a verdadeira homenagem da passagem da mulher pela sétima arte.
Excelente homenagem
ResponderEliminarObrigado Carlos.
EliminarREQUIEM FOR A DREAM! DE CHORAR!!!
ResponderEliminargrande homenagem :))
Obrigado :)
EliminarSim sou testemunha de que te provocou tal sensação :P eheh
Quando penso na Binoche e no Azul, lembro-me imediatamente da cena em que ela arranha a mão na parede. Ela está soberba nesse filme.
ResponderEliminarExcelente ideia esta, grandes recordações.
abraço
Precisamente, essa cena também me assalta sempre a memória. E um pouco depois do inicio quando ela descobre a morte dos familiares. A dor que tenta reprimir nessa cena é angustiante de ver.
EliminarObrigado Loot :)
abraço